Tempo reduzido de sono pode acarretar em obesidade

Cada vez mais a Medicina tem notado a importância de uma boa noite de sono,não apenas quanto ao número de horas dormidas como também a qualidade do sono adequada.    
 Robert Daly
Existem vários estudos que associaram tempo reduzido de sono (menos de 5 horas de sono por noite) com ganho de peso e obesidade. Por outro lado, outros estudos mostraram associação de tempo excessivo de sono (mais de 9 horas de sono por noite) com obesidade e aumento da mortalidade. Desta forma, acreditamos que o tempo de sono ideal é variável de um indivíduo para outro, mas, se a pessoa dormir entre 6 e 9 horas de sono por noite, teoricamente estaria com um metabolismo menos propenso para a obesidade.
Se o indivíduo acima do peso tiver algum distúrbio do sono, como a síndrome da apnéia obstrutiva do sono (SAOS), além de ter um sono fragmentado e de qualidade ruim, ele pode ter sonolência excessiva durante o dia. Deste modo, seu metabolismo prejudicado dificulta a perda de peso e a sua indisposição e sonolência dificultam a prática de atividade física regular, diminuindo o gasto energético. Por vários motivos, em pacientes obesos e apneicos, é muito importante tratar simultaneamente as duas patologias: o tratamento da SAOS facilita a perda ponderal, assim como a perda de peso melhora a permeabilidade da faringe e a respiração noturna, diminuindo a gravidade da SAOS.
 É possível que alguns indivíduos apresentem um gasto energético de 500 Calorias enquanto dormem. Entretanto, o gasto energético durante uma boa noite de sono é variável, pois geralmente é proporcional ao metabolismo basal de cada indivíduo. Este metabolismo basal varia de acordo com alguns fatores como: idade, sexo, composição corporal (massa muscular, gordura, etc), peso/altura, temperatura, dentre outros.
A elaboração de dietas específicas sempre deve ser feita por um profissional habilitado (Endocrinologista/Nutrólogo/Nutricionista). Porém, se o indivíduo realizar a dieta associada a atividade física, hábitos saudáveis e boas noites de sono (tanto em número de horas quanto em qualidade adequada), o resultado será muito melhor.

Fábio Tadeu Moura Lorenzetti. 
Otorrinolaringologia Clínica e Cirúrgica
Distúrbios do Sono
CRM 95864

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