
Mesmo assim, os percentuais de calorias provenientes de carboidratos (59,6%), proteínas (12,8%) e lipídios (27,6%) ingeridos estão dentro dos padrões nutricionais recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) – entre 55% e 75% de carboidratos; entre 10% e 15% de proteínas e entre 15% e 30% de lipídios.
Entre os carboidratos, o desequilíbrio está associado à quantidade de açúcar(sacarose) ingerida: 13,7% quando o recomendado é de no máximo 10%.
Já entre as proteínas, destaca-se o consumo superior a 50% de proteínas animais, que possuem maior valor biológico.
O instituto apontou, ainda, que as famílias que ganham mais tendem a consumir um maior teor de gorduras e menor de carboidratos. No caso dos carboidratos, o percentual recomendado pela OMS (55%) não é atingido pelas famílias com rendimentos superiores a cinco salários mínimos, com o agravante de que cerca de um quinto correspondem a açúcar.
Já em relação às gorduras, observou-se que o limite máximo de 30% de calorias totais é ultrapassado nas famílias com renda acima de dois salários mínimos mensal familiar per capita. As gorduras saturadas tendem a aumentar ainda mais intensamente com o rendimento do que as demais gorduras, sendo que o limite máximo para este componente da dieta (10% das calorias totais) é virtualmente alcançado pelas famílias que ganham entre dois e cinco salários mínimos (9,7%) e claramente ultrapassado entre os que ganham mais de cinco salários mínimos (11,2% das calorias totais).
Quanto ao teor de proteínas, embora aumente conforme os rendimentos, a proporção de calorias protéicas foi adequada em todas as classes de rendimentos. Em relação ao consumo de gorduras, houve uma comparação entre os resultados dos últimos 30 anos e observou-se um aumento neste período (30,52%) que ultrapassa o limite máximo de gordura nas calorias totais (30%).
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